Programa Educação Patrimonial

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“História e Cultura de São Sebastião”

PROJETO

SEMANA DA CULTURA CAIÇARA E AFRO-BRASILEIRA 

12 a 16 DE MARÇO DE 2018

PROGRAMA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 

“História e Cultura de São Sebastião”

O Programa foi criado em 2009 para subsidiar os professores com capacitação e material sobre história e cultura de São Sebastião, até 2013 atendeu o ensino infantil e fundamental. Em 2014 iniciamos um trabalho com os coordenadores pedagógicos também do fundamental II.

Lembramos que cumprimos com o ensino infantil e fundamental I o que é previsto nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e na Lei Orgânica do Município em seu Artigo 193 legisla que “o Município com o objetivo de garantir que as manifestações da cultura espontânea local, incluindo sua história, geografia e tradições, sejam preservadas, cuidará que tais temas estejam contidos no currículo das escolas municipais”. 

Incluímos então, nos Conteúdos Básicos estipulados para a Rede de Ensino Municipal da Educação, a história e cultura local.  Dessa forma asseguramos aos professores e alunos o acesso aos conteúdos não encontrados em livros didáticos, complementando os conteúdos escolares, já que São Sebastião fez parte, de forma efetiva, da história do Brasil Colonial. 

É fundamental a percepção / ligação entre o passado e o presente como um processo em que os seres humanos são ativos, construtores e gerenciadores da história, a história como um conjunto de partes formando um todo, um processo histórico formado e construído através das diferenças, das contradições, peculiaridades estabelecendo o comum no diferente, ou seja, a história do cotidiano.

Afinal o que é História senão movimento, vida e transformação. Vai sendo construída cotidianamente em muitas partes de um mesmo processo, a história de São Sebastião é uma dessas partes, que percorre o mundo e nos liga ao planeta. Portanto, não basta trabalhar a história de São Sebastião com temas voltados para as datas comemorativas ou de forma isolada da história do Brasil e do mundo. Como diz Paulo Freire “… ao ensinar história devemos situar na totalidade, a “parcialidade” de um fato histórico”, precisamos nos utilizar de metodologias e estratégias capazes de transformar e não apenas atuar e exercitar o pensamento crítico. 

Estudar história é se conhecer, conhecer o mundo, entender e conviver com a diversidade, com a unicidade como agentes construtores e transformadores dessa história. Através do desenvolvimento desse projeto, os professores são capacitados a entender a paisagem histórica dentro de um processo contextualizado, sendo capaz junto a seus alunos, de interpretar, imaginar e deduzir através da comparação, aprendizado e entendimento do próprio desenvolvimento histórico como um processo onde temos a participação ativa, atores principais e não meros coadjuvantes ou expectadores.

OBJETIVOS

  • Reconhecer as qualidades da própria cultura, valorizando-as criticamente, enriquecendo a vivência de cidadania e provocar transformações; 
  • Disponibilizar material de subsídio ao professor;
  • Facilitar o acesso ao tema nas Escolas;
  • Divulgar e valorizar o folclore local, regional e brasileiro;
  • Elaborar material que leve os alunos a reconhecer as qualidades da própria cultura, valorizando-as criticamente, enriquecendo a vivência da cidadania e a desenvolver a consciência sobre as características do lugar em que se vive, respeitando e preservando seus espaços e cultura;

AÇÕES 

  • Disponibilização das Cartilhas Conhecendo Minha Cidade a todos os alunos do Fundamental 1 em 2010;
  • Formação dos Professores – educação infantil, ensino fundamental I e II;
  • Seminários e oficinas com temas específicos desenvolvidos de acordo com os conteúdos básicos, abordagem e discussão dos temas específicos; 
  • Auxilio aos Professores na aplicação dos conteúdos básicos de história e geografia;
  • Disponibilização de material de subsídio para os professores;
  • Troca de experiência entre os professores;
  • Preparação das capacitações e oficinas;
  • Auxílio nas visitas e estudos de meio de lugares históricos;
  • Elaboração de DVD sobre folclore e bens culturais;
  • Elaboração dos livros “Explorando São Sebastião” do 3º ano, 4º ano e 5º ano, que serão disponibilizados para as escolas em 2016.   

SEMANA DA CULTURA CAIÇARA  E AFRO-BRASILEIRA 

12 a 16 DE MARÇO DE 2018

1. APRESENTAÇÃO

Semana a ser desenvolvida nas escolas com várias atividades com temas referentes à cultura caiçara e afro-brasileira, como:

• Quem é o caiçara: características culturais;

• A importância do caiçara para a formação do município;

• O caiçara hoje, mudanças e resistências.

2. OBJETIVOS

• Levar o aluno a reconhecer as qualidades da própria cultura, valorizando-as criticamente, enriquecendo a vivência de cidadania; e a desenvolver a consciência sobre as características do lugar em que se vive, respeitando e preservando seus espaços e cultura.

• Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro, tendo atitude de respeito para com pessoas e grupos que a compõem, reconhecendo a diversidade cultural como um direito dos povos e dos indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia (PCN´s de Pluralidade Cultural, pág. 59):

• Atendimento a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que altera a Lei nº 9.394/96, modificada pela Lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

• Atendimento a Lei Orgânica de São Sebastião.

3. JUSTIFICATIVA

Sendo a escola “o espaço de convivência entre crianças de origens e nível socioeconômico diferentes, com costumes e dogmas religiosos diferentes, daqueles que cada uma conhece, com visões de mundo diversas” (PCN – Pluralidade Cultural), é crucial que ela apresente aos alunos conteúdos que ampliem o conhecimento sobre a história e cultura local, regional e nacional, procurando valorizar o homem como construtor da história. Disponibilizar este conhecimento facilita o trabalho dos professores, que poderão se orientar pelos PCN´s, visando trabalhar a formação de cidadãos respeitosos em relação às diferenças e semelhanças.

Destaca-se também, a trajetória histórica de São Sebastião resultando numa população bastante heterogênea, com diferentes origens e uma cultura tradicional em transformação. Além da população residente, existe a convergência de diferentes influências e modos de vida representados pela população sazonal provocada pelo turismo de segunda residência. Cabe à escola trabalhar este tema no sentido de melhorar a autoestima e formar cidadãos conscientes e identificados com o seu meio. Espera-se também que este programa ajude a colocar o tema como rotineiro nas escolas e não só usado como tema de algumas aulas em torno da data 16 de março.

4. METODOLOGIA

• Montagem e disponibilização de material específico para as atividades da semana;

• Orientação aos diretores e coordenadores sobre o material disponibilizado. 

5. AVALIAÇÃO

• Recolhimento de atividades desenvolvidas pelos professores;

• Reunião final com análise do trabalho;

• Apresentação dos trabalhos na Mostra Educacional.

6. TEMAS ESPECÍFICOS POR SEGMENTO

6.1. EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL  – ANOS INICIAIS

• Músicas caiçaras: peixinhos do mar, caranguejo, canoa minha canoa;

• Dança do caranguejo;

• Representação da Congada;

• Estudo de meio nos bairros, em especial nas áreas onde existem capelas caiçaras e ranchos de pesca;

• Livro “A encantadora de siris”, de Isabel Galvanese.

• Causos e histórias de São Sebastião antigo.

6.2. FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

• Representação da Congada;

• Estudos sobre a cultura caiçara e origem da congada, influência da cultura bantu;

• Estudo de meio nos bairros, em especial nas áreas onde existem capelas caiçaras e ranchos de pesca;

• Livro “Genocídio dos Caiçaras”, de Priscila Siqueira;

• Causos caiçaras.

• “Terralão”, de Geraldo Gonçalves.

 6.3. EJA

• Estudo de meio nos bairros, em especial nas áreas onde existem capelas caiçaras e ranchos de pesca;

• Causos e histórias de São Sebastião antigo;

• “Terralão”, de Geraldo Gonçalves;

• Causos caiçaras.

• Livro “Caiçaras de Juqueí”, de Beni Daud.


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