ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS – LÍNGUA PORTUGUESA

ATIVIDADE 01

HABILIDADE EF35LP26- Ler e compreender, com certa autonomia, textos do campo artísticoliterário, que apresentem diferentes cenários e personagens, observando elementos constituintes das narrativas, tais como enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

HABILIDADE (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas, na leitura de textos de diferentes gêneros.

O texto a seguir é o começo do livro Tuco o catador de palavras[1], escrito por Mirian Cris.

Tuco é um menino que ajuda seu pai a catar papeis velhos na rua e que não tem a oportunidade de estudar.


[1] CRIS, Mirian. Tuco: o catador de palavras. Passo Fundo: Saluz, 2016.

Era uma vez um menino chamado Tuco. Tuco tinha olhos claros, bem brilhantes, pele mulata, cor de chocolate, cabelo bem enroladinho, castanho escuro com mechas cor de abóbora, coloridas pelo sol.

Desde bem pequeno, começou a conhecer a rua, com suas cores e dores. Seus pais eram catadores de papel e, como não podiam deixá-lo em casa sozinho, levavam-no junto num carrinho, preso à carrocinha onde guardavam os papéis e papelões que encontravam. (…)

Suas caminhadas pela cidade começavam muito cedo, antes do sol acordar, pois era quando encontravam mais papéis para catar. Muitas vezes, com o dia já amanhecido. Passavam em frente a alguma escola, e Tuco via crianças com seus uniformes e mochilas, prontinhas para as aulas. Tuco pensava:

– Como será lá dentro?

Tuco gostava de ouvir histórias; muitas vezes, vários catadores de papel se reuniam embaixo da sombra de árvores ou mesmo de viadutos, para comer e descansar um pouco. Nessas horas, contavam casos de infância, aventuras vividas na rua, peripécias de papel. Tuco ouvia tudo com muita atenção.

Certo dia notou que um dos catadores aproveitava a horinha de descanso para ler um livro.

Era um livro bem velhinho, meio sujo, que ele encontrara jogado no lixo. Seus olhos brilharam, sua curiosidade foi tanta que ele foi se sentar perto do leitor e ficou olhando, sem entender, aquelas páginas que, com cuidado, seu companheiro catador ia passando. Em algumas delas, havia desenhos coloridos, parecia um mundo encantado, em outras havia apenas palavras, que ele não entendia e, por isso, pareciam também só desenhos. Após certo tempo, o leitor, catador de papéis, olhou para ele e perguntou:

– Quer ler?

E ele respondeu:

– Bem que eu gostaria, mas não sei! O senhor poderia ler alto para eu escutar um pouco?

E ele leu! O menino parecia enfeitiçado, não piscava nem se movia, ouvindo atendo a cada detalhe. Era um livro de contos de fada! Mas, antes da história terminar, seu pai chamou-o.

– Tuco! Vamos embora, menino! Chega de descanso!

Tuco quase chorou, seus olhos se entristeceram, mas seu amigo lhe disse:

– Vá lá, menino, obedeça a seu pai! Amanhã eu leio mais para você!

E assim, no outro dia, ele ouviu o fim da primeira história e ficou com vontade de ouvir outra, outra e mais outra, contudo, depois de alguns dias, seu amigo começou a reclamar de ler para ele, dizendo:

– Tuco, você mesmo pode vir a ler suas histórias!

– Mas eu não sei! Não posso ir à escola porque tenho que ajudar meus pais! O que posso fazer?

– Eu não sou professor formado, mas se você quiser eu posso tentar ajudá-lo a aprender!

– Mas, sem livro, sem caderno, sem nada?

– Tuco, pare de reclamar, aprenda a olhar à sua volta, as palavras estão por aí, espalhadas por todos os lugares. Vamos fazer o seguinte, preste atenção: hoje à tarde, quando estiver recolhendo papéis pela rua, você vai catar uma palavra, uma palavra colorida ou que lhe chame a atenção, pareça bonita, apenas uma, vai guardar e, quando nos encontrarmos amanhã, você me mostra.

Seus olhos brilharam, seu coração vibrou e ele seguiu para o trabalho.

Atento, foi percebendo que seu amigo estava certo: por todos os lados havia palavras, de tamanhos e cores diferentes, muitas e muitas, como se saltassem. Algumas pareciam gritar, outras pareciam calmas, e ele sonhava poder, um dia, entendê-las. (…)

1- Você já observou se deparou com a situação de ver uma criança vendendo doces em semáforos ou recolhendo lixo?

2- Como você se sentiu?

3- Você tem alguma sugestão de como modificar a realidade de crianças nesta condição?

4- No primeiro parágrafo do livro Tuco o catador de palavras, a autora Mirian Cris descreve as características físicas do protagonista Tuco. Leia-o novamente:

Era uma vez um menino chamado Tuco. Tuco tinha olhos claros, bem brilhantes, pele mulata, cor de chocolate, cabelo bem enroladinho, castanho escuro com mechas cor de abóbora, coloridas pelo sol.

As palavras que têm a função de caracterizar os substantivos são chamadas de adjetivos. Repare que, para caracterizar as mechas do cabelo de Tuco, a autora compara a cor das mechas com a cor da abóbora, um recurso que faz com que nós, leitores, possamos imaginar melhor o menino Tuco.

Pare e pense um pouquinho em suas próprias características físicas. Qual é o formato do seu cabelo, a cor da sua pele, dos seus olhos? Somos seres diferentes e belos em nossas diferenças. Complete a tabela com cinco características físicas que você tenha e tente compará-las com algo a que elas se assemelhem. Siga o exemplo:

5- Em uma parte da história, Tuco fica feliz porque, além de catador de papelão, ele havia se tornado um “catador de palavras”. Na sua opinião, o que significa ser um “catador de palavras”?

6- Tuco gostava de ouvir histórias. Certo dia, notou que um dos catadores, o Sandoval, aproveitava a horinha de descanso para ler um livro que havia encontrado no lixo. O texto nos mostra que as páginas do livro que Sandoval estava lendo pareciam um mundo encantado para Tuco. Leia o verbete encantado, segundo o dicionário Houaiss:

A palavra encantado, no contexto em que está inserida, tem qual significado?

7- Sandoval decidiu ensinar Tuco a ler. A primeira missão de Tuco foi procurar uma palavra que chamasse sua atenção, enquanto catava papéis, e levá-la no outro dia para Sandoval. A palavra que Tuco escolheu, mesmo sem saber, foi a palavra FELICIDADE. Leia o trecho abaixo, retirado de outra parte do livro:

Sandoval, este era o nome de seu amigo leitor, disfarçou a emoção que lhe veio aos olhos e disse:

– Essa palavra é o que procuro quando leio!

 – E o que é? Fale logo, por favor!

 – FELICIDADE!

O menino repetiu pausadamente:

 – FE – LI – CI – DA – DE! Então eu encontrei a felicidade!

Ele repetia!  – A felicidade existe e é uma palavra!

Sandoval sorriu carinhosamente (…)

Felicidade é um SUBSTANTIVO. Lembre que substantivo é a classe gramatical que tem a função de nomear seres, sentimentos, lugares. A partir dessa definição, explique: por que Sandoval sorriu carinhosamente da atitude do menino? Tuco de fato havia encontrado a felicidade?

8- Nesta atividade, você será, assim como o Tuco, um catador de palavras! Procure suas palavras preferidas em revistas, folhetos de anúncio, embalagens, livros que não são mais utilizados pela sua família e depois cole-as no espaço abaixo. Se preferir, pode escrevê-las, usando muitas cores!!

ATIVIDADE 02

HABILIDADE EF05LP11A: Planejar e produzir, com autonomia, anedotas, piadas, cartuns, contos, entre outros textos do campo artístico-literário, considerando a situação comunicativa, o tema/assunto, a estrutura composicional e o estilo do gênero.

VOCÊ É O AUTOR!

Observe o trecho da História em Quadrinhos escrita por Maurício de Souza[1]:


Você já ouviu falar no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)? Esse documento reúne leis específicas que asseguram os direitos fundamentais de toda criança e todo adolescente brasileiro, como o acesso a uma vida digna e saudável, com direito a se alimentar, brincar, frequentar a escola etc. No entanto, infelizmente, ainda há muitas crianças e adolescentes que não vivenciam esses direitos.

O personagem Tuco teve alguns de seus direitos desrespeitados. Crie em uma folha à parte, um final para a história de Tuco por meio de uma história em quadrinhos, como a do Mauricio de Souza. Use a imaginação e bom trabalho!!

[1] Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/turma_da_monica/monica_trabalho_infantil.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.

ATIVIDADE 03

Habilidade EF69LP53: Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros, contar/recontar histórias tanto da tradição oral, quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, gravando essa leitura ou esse conto/ reconto, seja para análise posterior.

Habilidade EF06LP03: Relacionar palavras e expressões, em textos de diferentes gêneros (escritos, orais e multimodais), pelo critério de aproximação de significado (sinonímia) e os efeitos de sentido provocados no texto.

“CONTO OU NÃO CONTO?” CONTO OU NÃO CONTO? Abel Sidney

– …eu nem te conto!

– Conta, vai, conta!

– Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?

– Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora…

– Não precisa exagerar! O que vou contar não é nada assim tão sério. Não precisa jurar.

– Está bem…

Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que eu e minha prima conversamos. Éramos muito pequenas e eu passava as férias em sua casa. Nunca brincamos tanto, quanto naqueles dias! Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar.

– Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal.

– Eu não vou contar, já disse!

O segredo não era nada sério, coisa mesmo de criança naquela idade. E ela acabou contando…

– Minha mãe saiu para fazer compras e eu fiz um bolo. Eu quebrei dois ovos, misturei com a farinha de trigo e o açúcar. Não deu nada certo. Com medo, eu arrumei tudo, joguei o bolo fora e até hoje minha mãe não sabe de nada…

– Meu Deus, sua doida! Você teve coragem de fazer uma coisa dessas?!

– Tive. Se a minha mãe descobrir, eu não quero nem imaginar o que ela fará comigo!! Posso ficar uma semana de castigo. Ou até mais…

A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na primeira oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava preparando o almoço.

– Tia, preciso contar uma coisa pra senhora.

– Pois conte, que estou ouvindo. Não posso te dar mais atenção, senão o almoço não sai…

– É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se devo…

– O segredo é seu ou dos outros?

– Dos outros… Quer dizer, da prima!

– E por que você quer contar os segredos alheios?

– Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu…

– Ah, minha filha, deixa eu te fazer apenas uma pergunta: a dona do segredo te autorizou a contá-lo?

 – Na verdade, não!

– E por qual motivo você me contaria, então?

– É que… Bem, o que ela fez não é muito certo…

– E você vai dedurar a sua prima? Se for alguma coisa muito grave ela ficará de castigo. E você não terá com quem brincar. Você já pensou nisso?

– Não…

– Pois pense. E depois volte aqui para conversarmos…

Eu não sabia onde enfiar a cara, de tanta vergonha. E para que ninguém descobrisse os meus pensamentos, me escondi na casinha do fundo do quintal. Na hora do almoço, saí de lá, pois a fome, nessas horas, é uma sensata conselheira. E minha tia, com muito cuidado, voltou a tratar do assunto.

– Eu preciso contar uma coisa pra vocês… Minha avó, quando eu era pequena, me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo uma notícia no rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos uma boca e dois ouvidos; por isso, nós temos que mais ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que ouvimos, devemos passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o que se conta é um segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa língua coça, o melhor é lembrar que em boca fechada não entra mosquito…

E contou também histórias de outras gentes: mexeriqueiros, dedos-duros, fofoqueiros, enfim, a turma do leva e traz… Naquela tarde, ainda preocupada que lessem os meus pensamentos, fiquei murchinha, daqui para ali, inventando o que fazer… Só no dia seguinte, quando minha prima decidiu contar para mim outro dos seus segredos, foi que eu tomei coragem de me sentar ao seu lado, bem quietinha. Disse ela:

 – Sabe, o outro segredo é mais sério que o primeiro…

E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede e foi buscar água na cozinha… Depois de retornar, bebeu a água bem devagarinho, até recomeçar:

– Olha, eu tenho um grande defeito. Às vezes eu me escondo na cozinha, para ouvir a conversa de minha mãe com as outras pessoas. E por acaso, eu estava ontem, tranquilamente sentada no meu cantinho secreto, quando alguém chegou para conversar com ela. Como esta pessoa é minha conhecida (e eu gosto muito dela), não posso contar o que aconteceu por lá… É uma pena! Eu só posso dizer que essa pessoa é uma língua de trapo, uma linguaruda… Nunca rimos tanto! Eu, na verdade, não sabia se me sentia agradecida ou envergonhada… E passados tantos anos, ainda hoje nós fazemos questão de relembrar este episódio. Nossos filhos compreendem, então, porque somos tão amigas e cúmplices. E olha que eles nem imaginam o que ocorreu anos depois, quando éramos jovens e começamos a paquerar, sem saber, o mesmo cara… Bem, mas isto é segredo e eu não posso contar!

(SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares. Disponível em: http://www.dominiopublico. gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=105130. Acesso em: 20 ago. 2020.) O conto lido (Conto ou não conto?, de Abel Sidney), inicia-se com um diálogo entre duas personagens.

1- Quem são essas personagens?

2- Em que parágrafo elas se apresentam? Destaque no texto.

3- Logo no início do texto, para resgatar lembranças, o narrador se manifesta em primeira ou em terceira pessoa? Transcreva um trecho que ilustre sua resposta e destaque palavras e expressões que comprovem o foco narrativo.

4- Observe as características de fala das personagens. No diálogo, predomina a linguagem mais formal ou a linguagem coloquial (informal, do dia a dia)? Justifique sua resposta.

5- Você já ouviu a expressão “morrer sequinha”? Que sentidos essa expressão pode ter no contexto do conto lido? E em outros contextos?

ATIVIDADE 04

HABILIDADE EF05LP15A: Ler e compreender notícias, reportagens, entre outros textos do campo da vida pública

HABILIDADE EF69LP16A: Analisar as formas de composição dos gêneros textuais do campo jornalístico.

BULLYING NA ESCOLA

Notícia falsa adoece aluna do ensino fundamental

Por Edvaldo Ceraze e Gislaine Cardoso, da redação do Jornal Escola Estadual “Claro Castanho” 19 set. 2019.

Na manhã de segunda-feira, a aluna do 6º ano, Ana Paula Silva, de uma escola pública, passou por avaliação psicológica no Centro de Assistência Social – após sofrer constrangimentos pelo fato de alguns alunos da escola criarem e veicularem notícias falsas sobre a menina nas redes sociais e em aplicativos de celulares. Em busca de soluções para a situação, na noite de ontem, a Assistência ao Adolescente da cidade foi acionada pela direção da unidade escolar. Também foram convocados os alunos, responsáveis pela publicação das notícias falsas, seus pais ou os responsáveis por eles, para uma reunião nas dependências da escola. Ficou acertado que esses alunos terão que assumir as penalidades previstas pelo Regimento Escolar e pela legislação específica vigente.

(Nome do jornal, link e símbolos das redes sociais foram produzidos pela equipe de autores desses materiais, para garantir a não violação de Direitos Autorais. São, portanto, fictícios.)

Levante hipóteses:

1- Qual teria sido a notícia falsa veiculada a respeito da aluna Ana Paula?

2- Por qual meio de comunicação a notícia falsa pode ter sido veiculada, já que muitos alunos tiveram acesso a ela?

3- Em sua opinião, após o episódio de bullying, a aluna Ana Paula deve continuar estudando na mesma escola? Justifique sua resposta.

4- Quando você recebe uma informação sobre algo ou alguém, você a repassa, mesmo sabendo que pode ser prejudicial? Comente.

5- Como devemos analisar os fatos antes de divulgá-los a outras pessoas? O que é preciso considerar antes de repassar uma informação?

6- De acordo com a notícia, qual foi o fato principal que levou Ana Paula a adoecer?

7- É possível situar no tempo e no espaço o acontecimento retratado na notícia?

ATIVIDADE 05

HABILIDADE EF69LP05: Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.

Você costuma ler tirinhas? As tirinhas são histórias apresentadas em três ou quatro quadros por meio de desenhos e texto verbal. É um gênero textual que trata dos mais diversos temas e chama a atenção por apresentar de maneira leve e divertida, mensagens que provocam reflexões. A tirinha acima, da personagem Armandinho, foi criada pelo quadrinista brasileiro Alexandre Beck. Leia novamente e responda:

1- Na tirinha Armandinho reflete sobre o fato de viver em condições melhores do que as de muita gente. Qual o sentimento que essa situação causa na personagem?

2- Por que ele diz que as pessoas não o entendem?

3- Qual recurso gráfico do quadrinho indica que as falas são ditas pelo Armandinho?

4- Explique de que modo o conceito de empatia se relaciona ao comportamento de Armandinho na tirinha.

5- Você concorda com a maneira de pensar da personagem? Por quê?