Antes tabu nas escolas, o bullying ganha cada vez mais espaço como tema de aula. Colégios apostam em estratégias diversas – de cartilhas a teatros – para prevenir e combater esse tipo de violência. Uma lei federal, que começa a vigorar nesta semana, vai obrigar todas as escolas a ter ações contra o bullying. Além dos estabelecimentos de ensino, a nova regra vale para clubes e agremiações recreativas. Pais e professores também devem ser orientados sobre bullying – quando há perseguição sistemática, física ou psicológica, presencial ou virtual. Outra previsão é dar assistência psicológica e jurídica às vítimas e aos agressores. Na maioria das escolas, as ações mais intensas são no ensino fundamental 2 (6º ao 9º anos), quando os alunos começam a adolescência. O Colégio Horizontes Uirapuru, em Cerqueira César, região central da cidade, usa psicodramas – pequenas dramatizações – para mostrar os efeitos do bullying aos estudantes dessa faixa etária. “É eficiente porque um se põe no papel do outro – da vítima, do agressor ou de quem assiste”, explica Gabriela Martins, diretora da escola. A reflexão é feita após o teatro, com base em situações cotidianas propostas pelos alunos. Eles também discutem cartilhas e são estimulados a criar campanhas internas sobre o tema.
Fonte: Veja