ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS – ARTE

ATIVIDADE 01

HABILIDADE EF05AR01: Identificar e apreciar desenho, pintura, fotografia e vídeo como modalidades das artes visuais tradicionais e contemporâneas presentes na cultura brasileira e de outros países, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

Observe as imagens abaixo e identifique as que você considera arte ou não.

Agora reflita

  1. A arte precisa ser bonita?
  2. O que faz algo ser considerado arte?
  3. Toda arte comunica algo?
  4. Quais as funções da arte para a sociedade?

ATIVIDADE 02

HABILIDADE EF04AR02: Explorar e reconhecer elementos constitutivos da pintura, da colagem, das histórias em quadrinhos e da gravura em suas produções.

1- Muito já se falou e escreveu sobre essa famosa pintura de Leonardo da Vinci. Ninguém sabe ao certo quem foi Mona Lisa, por que ela foi pintada e por que se tornou tão famosa. Você conhece alguma história sobre Mona Lisa? Escreva-a.

2- Observe, investigue e perceba a imagem. Quais detalhes chamam a sua atenção?

3- Analise atentamente tanto a figura de Mona Lisa quanto o fundo da pintura. Cor, forma, linhas, luz, sombra etc. são elementos visuais. Da Vinci usou vários desses recursos para pintar Mona Lisa. Escreva quais deles você consegue perceber.

4- Você gostou dessa pintura? Por quê? Por que Mona Lisa é arte?

ATIVIDADE 03

HABILIDADE EF05AR01: Identificar e apreciar desenho, pintura, fotografia e vídeo como modalidades das artes visuais tradicionais e contemporâneas presentes na cultura brasileira e de outros países, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

1- O quadro abaixo chama-se A Noite Estrelada e foi pintado por Vincent Van Gogh, 1889. É um óleo sobre tela, com 74 cm X 92 cm, e se encontra no Museu de Arte Moderna de São Francisco (SFMOMA). A pintura retrata a vista da janela do quarto do artista no hospício de Saint-Rémy-de-Provence. Observe atentamente o quadro e escreva um parágrafo sobre os sentimentos que ele despertou em você durante a observação.

2- Candido Portinari foi um artista plástico brasileiro que pintou mais de cinco mil obras, de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz. O quadro abaixo chama-se Futebol e foi pintado em 1953. Observe-o atentamente e escreva o que você consegue observar no quadro. Quais são os espaços mostrados? Você consegue imaginar qual a condição social das crianças retratadas? O que a cruz representa ao fundo do quadro?

3- A arte é fundamental para expressarmos a maneira como enxergamos o mundo a nossa volta e, consequentemente nossos sentimentos e pensamentos. Existem vários tipos de arte: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, cinema, fotografia, histórias em quadrinhos.

Vamos estudar um trecho de música, uma arte que encanta a todos. O trecho da música abaixo foi escrito por Geraldo Vandré, leia-o atentamente:

Prepare o seu coração
Pras coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão (…)
E posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo pra consertar

Agora responda: o que o autor quer dizer quando afirma que aprendeu a ver a morte sem chorar?

4- No quadro da questão 2 (O Futebol, 1953) os meninos estão jogando futebol e logo no fundo há um cemitério. A presença do cemitério é muito comum nos quadros de Portinari. Agora leia o trecho da obra literária “Morte e vida Severina” escrita por João Cabral de Melo Neto.

“— E de onde que o estais trazendo,

irmãos das almas,

onde foi que começou

vossa jornada?

— Onde a Caatinga é mais seca,

irmão das almas,

onde uma terra que não dá

nem planta brava.

— E foi morrida essa morte,

irmãos das almas,

essa foi morte morrida

ou foi matada?

— Até que não foi morrida,

irmão das almas,

esta foi morte matada,

numa emboscada.”

Por meio da leitura responda: Qual a diferença de morrer de morte morrida e morrer de morte matada?

ATIVIDADE 04

HABILIDADE EF05AR18: Reconhecer e apreciar o teatro infantil presente em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional.

OS SALTIMBANCOS

Personagens: Crianças, O Jumento, O Cachorro, A Galinha, A Gata, Mulheres, Homens e Barões

Cenário: Floresta 

A encenação começa com a música “Bicharia” (em “off”).

O jumento, sozinho no palco, diz:

JUMENTO — Eu, eu sou um jumento. Não sou bicho de estimação. Não tenho nome, não tenho apelido, nem estimação. Sou jumento e pronto. Na minha terra também me chamam de jegue. E me botaram pra trabalhar na roça a vida inteira. Trabalhar feito jumento. Pra no fim… nada. Minha pensão, nenhuma cenoura. Acho que é por isso que às vezes me chamam de burro. Eu não me incomodo. Mas outro dia, eu estava subindo um morro com quinhentos quilos de pedra no lombo. Estava ali, subindo, quando um pai d’égua falou assim: “Mas que mula preguiçosa, sô!”, fui ver, e a mula era eu. Aí eu parei — “Mula? ah! é demais” — e resolvi dar no pé. Tomei a estrada que leva à cidade e fui seguindo, naquela escuridão, naquela humilhação, naquela solidão que nem sei. Não sou disso não, mas me deu uma vontade arretada de chorar… e chorar e chorar aos soluços.

MÚSICA: “O Jumento”

JUMENTO — Pois é, onde que eu estava mesmo? Ah! Estava indo pra cidade. “E fazer o que na cidade?” — eu pensava. Quando alguém não sabe fazer mais nada, nada mesmo, pode ser artista. Hoje todo mundo canta, como dizem aqueles que não sabem cantar. Então eu estava ali andando, quando, de repente, quem é que eu vejo escondido no barranco da estrada? Um pobre cachorro. Estava mesmo a perigo, todo roto, todo esfarrapado, parecia que tinha chegado da guerra. Estava dormindo e tinha sonhos terríveis, pesadelos de cão.

JUMENTO — Ei, cachorro, ei, cachorro, acorda. Um, dois, três.

CACHORRO — Sim, senhor, é pra já!

MÚSICA: “Um Dia de Cão”- Apanhar a bola-la, estender a pata-ta, sempre em equilíbrio-brio, sempre em exercício-cio. Corre, cão de raça, corre, cão de caça, corre, cão chacal. Sim, senhor. Cão policial, sempre estou às ordens, sim, senhor. (…) Fidelidade à minha farda.

JUMENTO — Acabou? Calma, companheiro, eu não sou teu patrão.

CÃO — Como, senhor? Vossa Excelência não quer ser meu patrão?

JUMENTO — Deixa disso, eu sou um pobre-coitado, sou um pau-de-arara.

CÃO — Sim, senhor, pau-de-arara, às ordens, em que posso servi-lo? Onde quer que o leve?

JUMENTO — Não me leve a lugar nenhum, rapaz. Eu vou à cidade. Vou procurar emprego como músico. Você também pode vir. Dois animais cantando juntos acho que vai ser a maior sensação.

Aparece a galinha.

GALINHA — Có, có, có, có, có, có. Três animais cantando juntos, acho que vai ser mais fantástico. Vocês me levam também?

JUMENTO — O quê? Uma galinha?

CÃO — Bom dia, Vossa Galinência.

GALINHA — Có, có, como vão, companheiros?   

JUMENTO — Já vi tudo, você também fugiu, né?

GALINHA — E como não?

JUMENTO — Por quê?

GALINHA — Não consigo mais botar ovos.

MÚSICA: “A Galinha”- (…) A escassa produção alarma o patrão. As galinhas sérias jamais tiram férias. “Estás velha, te perdôo, tu ficas na granja em forma de canja.” Ah!!! É esse o meu troco por anos de choco dei-lhe uma bicada e fugi, chocada.

JUMENTO — Bom, já que você quer ser uma cantora, pode entrar no nosso conjunto; afinal, para uma galinha, até que você, bem… é bem-apanhada. Certo, cachorro?

CÃO — Apanhadíssima. Vossa Galinidade.

GALINHA — Obrigado, vamos lá então.

JUMENTO — Sabe o que eu digo a vocês? Começo a me sentir melhor, agora que somos três.

Aparece a gata […]

GATA — Qua qua quatro. Somos quatro.

CACHORRO — Epa, quem falou? Quem está aí?

GATA — Estou aqui na árvore. Sou uma gatinha.

CÃO — Au, au, au.                                                                                 

JUMENTO — Calma, cachorro, espere aí e não faça mais isso, entendeu?

CÃO — Sim, sim, senhor jumento.

JUMENTO — Primeira lição do dia: “O melhor amigo do bicho, é o bicho”. E você, gata, desce da árvore.

GATA — Nãooooooooooo, depende do programa.

GALINHA — Nós vamos à cidade, vamos fazer um conjunto. Você também sabe cantar?

GATA — Ah! sim, infelizmente!

JUMENTO — Como? Infelizmente?

GATA — Porque fazer um som não foi nada jóia para mim. Cantar uma música me custou muitíssimo.

JUMENTO, GALINHA, CÃO — Ah! Conta.

MÚSICA: “História de uma gata”- Me alimentaram, me acariciaram, me aliciaram, me acostumaram. O meu mundo era o apartamento. Detefon, almofada e trato, todo dia filé mignon ou mesmo um bom filé… de gato. Me diziam, todo momento: fique em casa, não tome vento. Mas é duro ficar na sua quando à luz da lua tantos gatos pela rua toda a noite vão cantando assim: Nós, gatos, já nascemos pobres, porém, já nascemos livres. Senhor, senhora, senhorio, felino, não reconhecerás. De manhã eu voltei pra casa, fui barrada na portaria, sem filé e sem almofada, por causa da cantoria.
Título original: Die Bremer Stadmusikant (Os Músicos de Bremem), Irmãos Grimm. Tradução e Adaptação: Chico Buarque de Holanda. Adaptado para fins didáticos.

  Você quer conhecer a história inteira deste lindo musical? Digite no Youtube: Espetáculo “Os  Saltimbancos” – Odeon Companhia Teatral e divirta-se!

Teatro musical é uma forma de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos falados. Existem três componentes para um musical: a música, interpretação teatral e o enredo. O enredo de um musical refere-se à parte falada (não cantada) da peça. A interpretação teatral se relaciona às performances de dança, encenação e canto. A música e a letra, juntas, formam o cerne do musical.

COMPREENDENDO O TEXTO

Os Saltimbancos, uma das mais expressivas obras de teatro musical dedicada ao público infantil,  narra as aventuras de quatro bichos que, sentindo-se explorados por seus donos, resolvem fugir para a cidade e tentar a sorte como músicos. Essa fábula musical foi traduzida e adaptada para o português por Chico Buarque de Hollanda, no final de 1976 da peça teatral de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, que por sua vez haviam feito uma adaptação do conto “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm, como uma alegoria política, na qual a Galinha representaria a classe operária; o Jumento os trabalhadores do campo; o Cachorro os militares e a Gata, os artistas. O barão, inimigo dos animais, seria a personificação da elite, ou dos detentores dos meios de produção. O trecho do texto que você leu apresenta os quatro personagens fugindo da vida que levavam.

Explique detalhadamente quais motivos levaram os personagens a tomar essa atitude.

6 – Observe o trecho a seguir em que o Jumento conversa com o Cão:

JUMENTO— Acabou? Calma, companheiro, eu não sou teu patrão.

CÃO — Como, senhor? Vossa Excelência não quer ser meu patrão?

JUMENTO — Deixa disso, eu sou um pobre-coitado, sou um pau-de-arara.

CÃO — Sim, senhor, pau-de-arara, às ordens, em que posso servi-lo? Onde quer que o leve?

a. Com base no contexto do diálogo entre os dois animais, pode-se perceber que o cão

(   ) Utiliza uma linguagem mais formal.

(   ) Utiliza uma linguagem mais informal.

b. O tom de comicidade presente no trecho deve-se 

(    ) Ao fato do Cão chamar o Jumento de “Vossa Excelência”.

(    ) A fato do Cão achar que “pau-de-arara” era o nome do Jumento. 

ATIVIDADE 05

HABILIDADE EF08AR06: Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em referências de culturas indígenas (brasileiras e latinoamericanas) e africanas de diferentes épocas, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

Olá, estudante! Tudo bem com você? Neste material, vamos refletir um pouco sobre as artes visuais com base nas referências das culturas indígena e africana. Vamos lá? Bons estudos!

O povo de Ndebele é um grupo étnico que vive no Norte do Zimbábue. Esse povo é conhecido pela expressão artística, sobretudo pela pintura das casas que eram e continuam sendo pintadas somente pelas mulheres. Durante o Apartheid essas pinturas eram usadas como um sinal pelas pessoas do vilarejo. A cor roxa, por exemplo, era utilizada como um aviso de perigo, e a cor verde, simbolizava o fim de um período de fome ou de guerra, segundo contam nativas da região.

  1. Pensando na nossa cultura, que cores utilizamos para simbolizar ou evocar alguma mensagem, sentimento? Cite as cores (e seus respectivos significados) que você se lembrar.

2- Pesquise sobre o Apartheid, depois volte e comente porque você acha que o povo Ndebele utilizou a cor e não mensagens escritas ou faladas como forma de aviso entre sua comunidade.

3- Se você fosse um marujo de Cabral, o que pensaria ao se defrontar com os indígenas, que não escreviam? Pensaria que eles eram um povo selvagem e sem cultura/conhecimento? Reflita

4- É possível haver uma arte genuinamente brasileira? Quais aspectos mais influenciam seu “olhar” sobre o Brasil? Quais as manifestações artísticas brasileiras mais valorizadas? Pesquise.

Leia o texto e observe a imagem abaixo para responder à questão 5

[…] acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. […] Outros traziam carapuças de penas amarelas; outros, de vermelhas; e outros de verdes. E uma daquelas moças era toda tingida […]. (Trechos da Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I, Arquivo Nacional da Torre do Tombo/Lisboa, 01/05/1500.)

5- Tanto o trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, quanto o quadro Mulher Pictish, de John White  retratam aspectos da cultura indígena. Quais elementos dessa cultura podemos encontrar no texto e no quadro?

Mulher Pictish, John White (Inglaterra, 1540-1593), litografia, 23 x 17,8 cm, Coleção particular.